Utilizando como base o capítulo do livro de Júlio Cabrera, “O cinema pensa: uma introdução à filosofia através dos filmes” faremos uma análise cine-filosófica do filme "Blade Runner" (1982), filme de ficção científica dirigido por Ridley Scott, baseado no romance "Androides sonham com ovelhas elétricas?" de Philip K. Dick. A história se passa em uma diatópica Los Angeles de 2019, onde replicantes, androides projetados para se assemelhar a humanos, são utilizados para realizar trabalhos perigosos no espaço. Quando alguns replicantes rebeldes retornam à Terra em busca de prolongar suas vidas, são designados Blade Runner, policiais especializados em "aposentar" replicantes (no Brasil as legendas erroneamente chamaram o termo em inglês “retirement” de “retirada”, mas o termo aposentar faz muito mais sentido no mundo totalmente laboral que humanos e androides vivem), para rastreá-los e eliminá-los. O protagonista, interpretado por Harrison Ford, é um desses Blade Runner que começa a questionar sua própria humanidade e moralidade ao se envolver com uma replicante em sua busca. O filme aborda temas como identidade, ética, memória e o que significa ser humano, além de apresentar uma atmosfera visualmente deslumbrante e uma trilha sonora marcante. "Blade Runner" é considerado um marco no gênero da ficção científica e influenciou profundamente a cultura popular. De uma maneira geral este trabalho além de uma análise cinematográfica com descrição dos conceitos e imagens, vai compreender os seguintes assuntos filosóficos propostos por Descartes:
O Dualismo Mente e Matéria;
Sentidos e Realidade;
Autenticidade e Identidade